Ponto atrás

Já com muitas saudades do Bordado de Guimarães, retomamos a nossa saga pelos seus 21 pontos. E hoje calhou-nos na rifa o ponto atrás.

È um ponto realizado da direita para a esquerda.

Fazemos sair a agulha (A) um pouco antes de terminar a linha sobre a qual estamos a bordar e voltamos a introduzi-la no final. Ficando com um ponto mesmo no final da linha.

Posto isto damos um passo atrás, ou seja, encaminhamos a agulha para a esquerda fazendo-a sair um bocadinho antes de (A) para voltar a introduzir em (A).

E assim sucessivamente.

um serão, uma boina (passo a passo)

Gostei tanto de fazer esta boina que não resisto em partilhar a receita, é fácil e muito rápido:

1. Montar 9 malhas na agulha
2. Na primeira carreira fazer *uma malha em liga, laçada* e terminar com uma malha em liga ( se no final desta carreira estiverem 17 malhas na agulha e não nove : perfeito!!)
3. Na carreira seguinte, tal como em todas as carreiras pares tricotar TODAS malhas em meia
4. Passamos para a 3ª carreira e agora vamos tricotar *2 malhas em liga, laçada* terminando com uma malha de liga.

E daqui para a frente nas carreiras ímpares vamos sempre tricotando uma malha a mais, ou seja:
          5ª carreira *3 malhas liga, uma laçada*
          7ª carreira *4 malhas liga, uma laçada*

e assim sucessivamente até termos

                         * 15 malhas liga, uma laçada*

não esquecer que estas carreiras são sempre finalizadas com uma malha de liga

5. Tricotamos toda a carreira seguinte em meia (tal como nas restantes carreiras pares)
6. Neste ponto estaremos a iniciar a 31ª carreira e vamos tece-la do seguinte modo, *3 malhas juntas em liga, uma laçada*
7. No final fazemos canelado (1 malha meia, 1 malha liga) trabalhando ponto sobre ponto num total de 8 carreiras, rematamos...

... e está pronto a usar!!

 NOTA: eu usei agulhas numero 8 e o fio Etnic da Rosários4

gorros em tricot ( workshop )

Adorei a manhã de sexta-feira, apesar de estar um dia cinzento e chuvoso as três horinhas que passei na António Augusto de Aguiar iluminaram o meu dia.

Três formadoras, 8 ou 9 formandas, uma panóplia de novelos giríssimos para escolher e um de dois modelos para aprender a executar.

podíamos escolher entre fazer uma boina ou um gorro. O gorro era tricotado num ponto do qual nunca tinha ouvido falar: rosinhas de Portugal. E apesar do efeito conseguido com as rosinhas de Portugal ser muito, muito engraçado, acabei por escolher a boina.

Com a ajuda das formadoras lá fui conseguindo seguir o esquema e no final de três horas de muito tricot, alguma conversa e troca de opiniões o trabalho já ia a mais de metade...

Fui me embora com pena... por já ter acabado e principalmente por não ter aprendido a fazer, também, as rosinhas de Portugal. Mas trouxe a receita e muita vontade de a executar.

Quando sai para a rua, o céu continuava cinzento e a ameaçar chuva mas a disposição não era a habitual destes dias tristonhos. Sai de energias recarregadas e num frenezim para acabar a boina. Por isso quando percebi que tinha quarenta e cinco minutos de esperar quarenta minutos até ser hora de ir buscar os mais velhos à escola, dei pulos de alegria e toca de aproveitar para uma sessãozinha de tricot dentro do carro.  Não foi suficiente para terminar. Por isso pouco depois das nove e meia com a casa já em silencio e a criançada toda a dormir sentei-me no sofá com as minhas agulha por companhia e segui a receita ate ao fim.

E na manhã seguinte foi só coser e sorrir ao olhar para o resultado  final!

off we go

mais golas...

Cá está a tal gola beringela de que falei à uns tempos atrás. Este é um daqueles felizes acasos em que uma asneirada até dá um excelente resultado:
Resolvi seguir uma receita que encontrei na net mas desconsiderei completamente o tamanho do cabo das agulhas circulares que era grande de mais!!! Sem dar por isso ao puxar as malhar para fazer os pontos o trabalho foi ficando enrolado sobre si mesmo. Quando percebi fiquei um bocadinho chateada e rematei a peça imediatamente  Apenas por descargo de consciência resolvi pô-la ao pescoço e qual não foi o meu espanto quando até gostei do que estava a ver ao espelho!! Gostei tanto que até já cá tenho um novelo para repetir!

a correr...

... para terminar esta gola preta. Sexta-feira vou assistir a um workshop de tricot e preciso de levar umas agulhas numero 10. Só tenho estas e a ultima vez que tentei tirar um trabalho das agulhas a experiência foi no mínimo desastrosa ;-)
Há com certeza uma técnica para o fazer mas eu não a domino, de todo. E tempo para pesquisar também não. Portanto vamos lá ver se entre hoje e amanhã pomos um ponto final neste projecto.

Ponto areia

Fácil! Fácil!!
Consiste simplesmente  em fazer um pequeno pontilhado aleatório até preencher a a área pretendida. Ponto por ponto uns para um lado... outros para outro até conseguir o efeito que vemos aqui em baixo.

já lá estamos...

no facebook!!

De volta

As noites mal dormidas, as mamadas de 3 em 3 horas (às vezes de 2 em 2), o colinho obrigatório para um bebé acabadinho de aqui chegar e claro os restantes 3 maninhos... têm me mantido longe destas andanças... muitas vezes com vontade de aqui vir fazer, nem que seja um, postezinho.

Agora que o rapaz trocou definitivamente a maminha pelo biberão, cresce a olhos vistos e completamente saciado tranquilizou... por isso estou de volta!!!

Entre a dança dos biberons e a cantiga das fraldas já consigo ir dando uns pontinhos, já consigo tirar umas fotos... hoje não deixo bordados nem tricot fiquem com um garantido ATÉ AMANHÃ! :-)

assim assim

Lá fora a temperatura oscila... ora esta frio, ora regressa o calor. Ora  o céu se ilumina de azul, ora o dia se preenche de um cinzento chuvoso...
Cá dentro tambem vai estando tudo assim assim...
Pego numa agulha, para a largar de seguida. Entusiasmo-me com um novelo para logo depois o ignorar e os escassos pontinhos que vou tecendo sao feitos e desfeitos sem que se lhes adivinhe um final feliz!

:) 1000 visualizações :)

agulhas circulares + lã SMC = Gola

 Primeiro fiz a experiência  com trapilho e fiquei muito entusiasmada com o resultado: uma gola muito gira que muda completamente o visual de algumas peças de roupa  que tenho à já muito tempo. Foi rápido de executar e trabalhar com agulhas circulares não é assim tão complicado.

 Mas o algodão do trapilho não é lá muito convidativo para atravessar o Outono que está à porta por isso encontrei os novelos Bravo Big da Schachenmayr SMC e refiz a experiência neste castanho acinzentado.

Tenho ainda um novelo roxo ou beringela (a cor desta estação) aqui à minha espera  e depois quem sabe ir comprar mais um novelito... só é pena não ter ainda encontrado um site que disponibilize a gama SMC para venda online.

Ponto cheio

Um ponto muito fácil de executar, basta preencher o desenho com um qualquer ponto (neste caso optei pelo ponto pé de flor mas já vi fazer com ponto alinhavo, ponto lançado etc).

Depois é só cobrir o ponto inicial com vários pontos paralelos executados o mais juntinho possível.

o melhor ponto do mundo

por agora, vamos dando pontinhos devagar...
Há quinze dias chegou um pequenino e ao contrário dos seus manos já nasceu viciado em colinho. Por isso com o pequeno A. suspenso no babysling as mãos ficam livres e o compasso meia, meia, meia, liga, liga não só ajuda a passar o tempo como transformou uma meada de lã numa fantástica gola para usar este inverno.
Esta tarde vamos ver se o A. e o seu babysling nos deixam voltar ao bordado de Guimarães que já estamos com saudades...

Realmente...

... hoje em dia que perde um telemóvel perde tudo :-)
Ando para aqui numa aventura de golas em tricot e queria imenso partilhar a experiência mas não há meio de encontrar a máquina fotográfica!!! Vou continuar a minha busca ( o telemóvel já desisti vai ficar para sempre em terras alentejanas) que a máquina deve estar enfiada, com certeza nalgum canto obscuro  de uma gaveta!!!

De volta :-)

Adeus férias.... Depois de 15 dias sem rede, depois de ter perdido o telemóvel ao segundo dia de férias. Regresso e o que acontece? A meo puff!!! E quando a meo volta, o "controlador de rede" do meu pc (seja lá o que isso for) resolve ir de férias!!!
A cereja no topo do bolo foi mesmo a reportagem emitida ontem  pela sic no jornal da noite: um mar de gente feliz e contente com as facilidades da vida online e eu a chuchar no dedo!!
Mas enfim estamos de volta :-) :-) e amanhã já temos novos pontinhos aqui no pontocereja :-)

Decoupage - Sopa de inspirações ou um projecto falhado

Hoje resolvi fazer uma sopa de motivos, materiais, inspirações e tecnicas.

Ingredientes:
1 frasco ou garrafa de vidro
1 guardanapo de papel
1 motivo tradicional do Bordado de Guimarães
desperdicio de linho
cola

Depois de tudo bem agitadinho, o resultado foi este:

Comprinhas...

Fiz umas comprinhas para juntar ao material que já cá tinha. Vamos lá ver o que vai sair daqui!!

O grande livro da costura - Reader's Digest

Mesmo a propósito deste ímpeto costureiro vem um livro que comprei à uns meses num alfarrabista. Andava à procura do "Grande livro dos lavores" e encontrei este que não hesitei em comprar. Tenho a certeza que daqui para a frente me vai ser muito útil.

Já cose!!!

Sem largar o livro de instruções lá consegui dar os primeiros pontinhos com o brinquedo novo, claro que demorou um bocadinho mas ainda assim fiquei impressionada com a facilidade com que a máquina começou a coser como deve ser.
Mesmo o colocar das linhas, não foi nenhum bicho de sete cabeças... as instruções estão muito claras e até foi divertido...

Agora é treinar, treinar, treinar... ganhar coragem e escolher o primeiro projecto.
P.S. após consulta a algumas possuidoras de máquinas de costura acabei por liga-la a um cabo de extensão!! E não aconteceu nada que me levasse a crer que não o devia ter feito.

Ponto espinha

Traçar duas linhas paralelas e fazer sair a agulha através da linha inferior

 Levar a linha na diagonal até ao traço superior enfia-la fazendo sair um pouco atrás como se vê na foto de baixo...

 e repetir o processo mas no traço inferior

e assim sucessivamente. Podendo criar um efeito mais fechado ou mais aberto consoante o gosto do freguês.

Férias...

... (tudo empacotadinho e) lá vamos nós!

"portuguese whitework"

Qual não foi o meu espanto quando recebo a newsletter com as novidades da Retrosaria e vejo a capa deste livro.

Sendo dedicado ao Bordado de Guimarães não podia deixar de fazer parte da "minha biblioteca".
Yvette Stanton explora neste livro a vertente mais geometrizada do Bordado de Guimarães, cuja produção é actualmente bastante rara.
O livro é bastante completo, retratanto aspectos que vão desde o tipo de agulhas apropriadas, passando pelo tecido e linhas, forma de reprodução do motivo para o linho.
Contém também vários projectos (um apendice com os respectivos modelos) onde está sempre indicado não só o grau de facilidade mas também a quantidade de material necessário para a sua execução.

Um dos capitulos do livro é inteiramente dedicado à explicação de execução dos pontos utilizados nesta vertente do Bordado de Guimarães, o ponto canutilho, ilhó de recorte, ilhó de rolinho, nozinho, ponto espinha, gradinha, ponto cheio, formiga, ponto pé-de-flor e ponto pé-de-flor duplo.

Yvette Stanton é australiana e como tal o texto está em inglês, de todo o modo a autora teve o cuidado de colocar a tradução do nome dos pontos para português (o que facilita muito a coisas)!
Agora só falta escolher o meu primeiro projecto :-)

Seda!! (#2)

... a dança não foi longa... mas o resultado feliz!

Uma pulseirinha i-cord. Ficou com um toque rustico mas também com alguma modernidade, cada vez me agrada mais esta tendência de contemporanizar Guimarães.

Seda!!

Este novelo de pura seda convidou duas agulhas para dançar...

Vamos ver onde vão parar...

Nozinho

 È um ponto fácil mas quando tentei fazê-lo pela primeira vez... foi uma frustração porque assim que enfiava a agulha no tecido (depois das voltas dadas) e puxava a linha até ao fim o nó (coisa que nunca tinha sido) desvanecia-se!!
Então depois de algumas tentativas fez-se luz:
Enrolar a linha duas vezes à volta da agulha (atenção que na foto, em baixo, a ponta da agulha está virada para mim).

 Girar a agulha (no sentido dos ponteiros do relógio) 180 graus - até ser o fundo da agulha a apontar na nossa direcção, voltar a enfiar a agulha junto ao local de onde saiu originalmente, puxar a linha e...

 ... já está!