Ponto formiga

É um ponto muito fácil e faz um efeito engraçadissimo.

A partir de duas linhas paralelas vamos fazendo pequenos pontos diagonais, formando "v's" ora invertidos ora direitos.

Agora é rematar e voltar ao principio para entrelaçar a linha nos "v's". Ora vejam:

Um livro novo

Ando com imensa vontade de comprar uma máquina de costura, então hoje comprei este livro para me ir inspirando!

Levo Guimarães ao ombro

Ponto a ponto, lá fui bordando esta flor para alegrar a minha nova carteira...
Mas antes há que decalcar um motivo e "alinhavar" as beirinhas do tecido para evitar que desfie.

Para além do ponto cheio que não ficou tão bem quanto gostaria utilizei o ponto formiga, o ponto semente, o ponto pé de galo, o ponto pé de flor, ponto recorte, o ponto cadeia, o ponto areia e claro o canutilho.E é extraordinária a diferença do bordado antes e depois da aplicação deste ponto.

Ponto canutilho ao pequeno almoço

Antes de começar a explorar o Bordado tradicional de Guimarães não tinha ainda experimentado este ponto. E devo confessar que ao principio o achei um pouco difícil mas a prática demonstrou que afinal não é assiiiiim tão difícil, só é preciso persistência até acertar com ele. Depois até é um ponto muito agradável de trabalhar.Claro que de vez em quando sai à quem do desejado (ver foto) mas aí a solução é a habitual: desmanchar  e voltar a fazer.
Para começar o ponto, devemos fazer sair agulha junto ao motivo, enfia-la uns milímetros mais à frente (consoante queiramos o canutilho mais ou menos comprido) e voltar a fazer sair a ponta da agulha no buraquinho inicial.

Agora pegamos na linha que sai do fundo da agulha e vamos enrola-la à volta da ponta que está a sair do linho (damos 5 a 7 voltas conforme o tamanho desejado).

Posso estar enganada mas a sensação que me dá é que o "truque" deste ponto é precisamente a tensão colocada na linha enrolada à volta da agulha. Não convém deixar frouxo mas se apertarmos demais vamos ter dificuldade em executar o passo seguinte.
Porque agora devemos empurrar a agulha fazendo-a deslizar até que a linha fique enrolada no principio do fundo da agulha mantendo o final da agulha preso por baixo do linho.
Depois é virar a agulha para nós, ou seja: como pudemos ver na imagem em cima, neste momento da execução é o fundo da agulha que está a apontar para nós portanto é pegar na ponta e aponta-la nossa direcção.

A agulha está presa debaixo do meu dedo, a linha enrolada no fundo da agulha e a ponta da agulha (que não se vê está a apontar na minha direcção. De seguida passar o dedo para  cima do rolinho e puxar linha e agulha até ao final. Por fim vamos travar o ponto introduzindo a agulha junto ao final do rolinho.

Vamos por Camões a bordar...

Ao mesmo tempo que ando aqui às voltas com as alças da minha mala de trapilho, li de fio a pavio o "Bordado de Guimarães" (livro que aliás recomendo) e encontro-me com Camões que me diz assim:
"Mudam-se os tempos
Mudam-se as vontades
Muda-se o ser, muda-se a confiança
Todo o mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades"
E então resolvi repescar um dos desenhos do Bordado de Guimarães que publiquei e aplica-lo à minha malinha....Em pano de linho e escolhi a linha branca.

Vamos lá ver como fica...

Et voilá... (II)

Por estranho que pareça não foi nada fácil publicar este post... Esta foi uma tentativa pouco convicta entre um e-mail e ir tomar banho e ao que parece resultou :-) e afinal até era simples. Mas agora já está. Só tinha conseguido colocar aqui um dos desenhos mas agora já aqui estão todos ( a seu tempo mais virão). Todos os motivos foram retirados daqui, uns fielmente reproduzidos outros nem por isso mas cada um deles indica a pagina do livro onde o podem encontrar e o respectivo numero de inventário. Espero que seja útil.

Bastante feliz!

Desta vez a aventura no tricot nãocorreu assim tão mal. Claro que o ponto escolhido foi o básico mas ainda assim e por comparação com a primeira experiência fico bastante feliz com o resultado. E aqui está a base de uma mala feita com um rolo de trapilho. Agora é coser-lhe as alças e escolher uma qualquer aplicação que dê um toque de graça.

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Et voilá...

para quem quiser é só imprimir, ajustar a imagem ao tamanho desejado e transferir para o linho....

Amostra do Bordado de Guimarães ( projecto1: done)

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I-cord ( the portuguese way)

Conseguir fazer um cordão em tricot ( acho que para além de I-cord também lhe chamam rabo de gata) não foi tarefa fácil! É verdade que encontramos imensos tutoriais na net mas mas minha quase nenhuma experiência em tricot associada ao facto de não encontrar nenhum video ou outra explicação a dar o passo a   passo de como fazer este I-cord com o fio à volta do pescoço, dificultaram-me um bocadinho a vida. Mas lá consegui!!
E agora até me parece muito simples:
Aqui fiz em trapilho mas podem utilizar qualquer fio. São também necessárias duas agulhas de duas pontas na grossura adequada ao fio que escolherem.
Devem montar pelo menos 3 malhas numa das agulhas (resulta com mais mas não resulta com menos) seja qual for o método que utilizado para montar as malhas o importante é:

1. depois das 3 (ou + ) malha montadas
2. garantir que o fio fica para o lado da nossa mão esquerda
3. puxar as malhas para junto do bico direito da agulha (ver foto)
4. com auxilio da outra agulha começar a tricotar
5. se fizermos sempre ponto liga, vamos ter com resultado final um i-cord em ponto meia
6. no final da segunda carreira (ao trocar a agulha de mão) vamos ver que o trabalho fica junto ao lado esquerdo da agulha
7. só temos que o fazer deslizar até à ponta direita da agulha e tricotar
8. e assim sucessivamente...

Ponto pluma

Partindo de 3 linhas paralelas (imaginárias ou não) este ponto executa-se de cima para baixo. vinda de baixo do tecido introduzimos a agulha na linha central e enfiamo-la um pouco mais abaixo na linha da direita fazendo-a sair na linha do meio por cima da argolinha que entretanto se forma e que seguramos com o dedo.
Depois é repetir mas para o lado esquerdo e assim sucessivamente...
O remate é feito (à semelhança do ponto cadeia) com umpequenino ponto a prender a ultima "argolinha".

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Tricotando

Depois do workshop que fiz, a minha primeira aventura em tricot foi um desastre :-) mas agora com coragem renovada vou aventurar-me a tricotar em trapilho uma carteira que espero ainda usar este verão ;-)

Ponto Cadeia

Outro dos 21 pontos do típico Bordado de Guimarães, é um ponto muito fácil de executar e neste contexto é essencialmente utilizado para contornar os desenhos.
Inserir a agulha no inicio da linha, vinda de baixo do linho, e voltar a enfia-la (desta vez de cima para baixo ;-) obviamanete) no exacto buraquinho de onde saiu. Formando uma pequena argolinha de linha que fica solta do lado direito.

Voltar a fazer sair a agulha de baixo do linha no ponto que coincidir com o final da argolinha (se quisermos argolinhas pequeninas fazemos mais junto ao local onde enfiamos a agulha inicialmenete... quanto maiores forem as "argolinhas" que pretendemos bordar mais vamos afastando desse ponto.

E agora é ir repetindo até terminar o motivo, nessa altura para rematar basta fazer um pequenino ponto a prender a ultima argolinha.

Quem não tem cão...

... pois...
Depois da visita à FIA e da senhora do stand dos Bordados de Guimarães me ter afiançado de que não existe (para além da revista que comprei) uma compilação publicada dos motivos do Bordado de Guimarães, não vi outra alternativa se não ir à procura de um gato.

Resolvi fazer a minha própria compilação mas vamos em câmara lenta porque se a pesquisa está facilitada já todo o processo de copiar o desenho até que se possa reproduzir no linho é moroso....

Reproduzi o desenho em folhas quadriculadas com a ajuda de régua e compasso, depois vou passa-las a papel vegetal e fotocopia-las para ficar com um arquivo de motivos que seja reutilizável. À medida que for finalizando cada cópia de motivo coloco aqui no blog... pode ser que assim poupe a alguém todo o trabalho que estou a ter.

FIA - feira internacional de artesanato

Hoje a tarde foi passada na FIA. Uma tarde cansativa para uma barriguita de 7 meses que por um lado saiu de lá contente por outro um pouco desiludida.
Nós de facto temos artesãos com muita qualidade  e foi com bastante prazer que percorri o primeiro pavilhão. O mesmo já não se pode dizer do segundo. Uma algarviada de coisas (nem sei se podem ser consideradas artesanato) que ofuscavam qualquer peça de qualidade que lá estivesse exposta.
No espaço dedicado a Portugal fiquei com pena que o nosso artesanato tradicional não estivesse mais representado. Fiquei com a sensação (mas não tenho qualquer base em que a possa fundamentar) que as nossas tradições vão sobrevivendo e passando de geração em geração à custa do esforço individual de cada artesão. Raros parecem ser os casos em que existe uma estrutura organizada (ex.: uma Câmara Municipal, um organismo do estado etc) a dinamizar e fomentar o artesanato regional. Talvez por isso tenha dado por muitas ausências...
No entanto o nosso querido Bordado de Guimarães estava bem representado, e para além de poder observar ao vivo e a cores as várias peças pude ainda confirmar (já tinha feito uma pesquisa tão intensa que a conclusão se impunha como óbvia) que não existe nenhum livro ou algo semelhante que compile motivos do Bordado de Guimarães. As simpáticas senhoras do stand indicaram-me que a única coisa parecida que existe é uma edição da revista "Arteideias" dedicada a este tipo de trabalho.
Fui encontra-la no stand da editorial nascimento e foi uma sorte trazê-la para casa comigo - era a ultima!!!