Nós de facto temos artesãos com muita qualidade e foi com bastante prazer que percorri o primeiro pavilhão. O mesmo já não se pode dizer do segundo. Uma algarviada de coisas (nem sei se podem ser consideradas artesanato) que ofuscavam qualquer peça de qualidade que lá estivesse exposta.
No espaço dedicado a Portugal fiquei com pena que o nosso artesanato tradicional não estivesse mais representado. Fiquei com a sensação (mas não tenho qualquer base em que a possa fundamentar) que as nossas tradições vão sobrevivendo e passando de geração em geração à custa do esforço individual de cada artesão. Raros parecem ser os casos em que existe uma estrutura organizada (ex.: uma Câmara Municipal, um organismo do estado etc) a dinamizar e fomentar o artesanato regional. Talvez por isso tenha dado por muitas ausências...
No entanto o nosso querido Bordado de Guimarães estava bem representado, e para além de poder observar ao vivo e a cores as várias peças pude ainda confirmar (já tinha feito uma pesquisa tão intensa que a conclusão se impunha como óbvia) que não existe nenhum livro ou algo semelhante que compile motivos do Bordado de Guimarães. As simpáticas senhoras do stand indicaram-me que a única coisa parecida que existe é uma edição da revista "Arteideias" dedicada a este tipo de trabalho.
Fui encontra-la no stand da editorial nascimento e foi uma sorte trazê-la para casa comigo - era a ultima!!!
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